quinta-feira, 2 de maio de 2013

Apaiari / Oscar (A. ocellatus)




Descrição

Peixe de escamas da família Cichlidae, mesma do Tucunaré, o Apaiari ou Acará-açu (Astronotus spp.) é um peixe bastante agressivo e belo, possuindo uma grande variedade de cores, que em geral é verde escuro, com manchas pretas e vermelhas distribuídas irregularmente pelo corpo, e uma grande mancha ocelar na parte superior do pedúnculo da nadadeira caudal. Às vezes apresentam forte coloração avermelhada nos flancos e no ventre. Existem duas espécies identificadas como do gênero Astronotus: A. ocellatus (bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata) e A. crassipinis (bacia amazônica). Ambas possuem coloração e padrão de manchas bastante parecidos. Astronotus ocellatus se diferencia pela presença de ocelos na base da nadadeira dorsal. Os ocelos são escuros no centro e alaranjados ao redor. Ambas as espécies atingem cerca de 35-40 cm de comprimento total e peso entre 1,5 a 2 kg.

Peixes onívoros, com forte tendência a carnívoros, alimenta-se basicamente de pequenos peixes, larvas de insetos e crustáceos, eventualmente frutos/sementes. Não são migradores. Os adultos são muito apreciados como alimento (a carne branca, é de ótimo sabor) e os alevinos como peixe ornamental. Esta espécie apresenta melhor desempenho em águas com temperaturas entre 20 e 30 graus.

Muito apreciado pela pesca esportiva, sua criação em cativeiro foi desenvolvida ainda na década de 40 pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, daí também sua importância econômica.

Atinge a maturidade sexual com aproximadamente um ano de vida e sua época de reprodução ocorre de outubro a abril. Tem reprodução monogâmica até 3 vezes ao ano e são grandes protetores da próle. A desova é parcelada, podendo uma mesma fêmea depositar cerca de 2.000 a 2.500 ovos aderentes em locais previamente escolhidos.

Lugares

Ocorre nas Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. Foi introduzido nos açudes do Nordeste e na bacia do rio São Francisco, onde costuma ser encontrado vivendo nas lagoas marginais e igapós. Gosta de águas mais temperadas, vivendo em fundos de grotas no meio de plantas aquáticas e “tranqueiras”.

Métodos

Quando se pesca o apaiari, deve-se ter paciência, pois o mesmo passa estudando a isca antes de atacá-la. Às vezes é necessário passar a isca rente ao peixe por diversas vezes até que ele efetue o bote. Como ele tem uma boca pequena, o ideal é se usar iscas pequenas, com garatéias menores e finas. 

Uma boa dica para a captura deste peixe é procura-lo na superfície, na sombra de arbustos ou entre galhadas submersas.

Após o arremesso, devemos trabalhar a isca devagar, dando pequenas paradas e toques de ponta de vara. O ataque do apaiari é quase sempre violento e proporciona momentos de luta com tomada de linha. É importante registrar que esta espécie, depois de fisgada, procura o enrosco.

A época ideal para a pesca do apaiari ocorre na baixa dos rios, mantendo os apaiarís nas lagoas e assim aguçando sua voracidade.


Equipamentos

O equipamento mais indicado é o ultra-ligth, com varas de ação leve, linhas de 8 a 12 libras e anzóis de n° 12 a 20.


Iscas

As melhores iscas para capturar os apaiaris, vão desde minhocas, grilos e pequenos peixes vivos (lambaris e sauás) no caso das naturais, até iscas artificiais, como pequenas colheres, spinners e plugs ultra-lights. Na modalidade de fly, consegue-se bons resultados com poppers e divers.







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