sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Usinas provocaram a maior mortandade de peixes de toda a história da Amazônia

Usinas provocaram a maior mortandade de peixes de toda a história da Amazônia

Em outros anos, nessa mesma época, o fenômeno da piracema era a certeza da mesa do pobre farta de peixes de todas as espécies, e a preços acessíveis. Hoje, o rio Madeira está morto para a pesca profissional. “As obras de construção das usinas de Santo Antônio e Jirau impediram a penetração dos cardumes. Sem a piracema, não haverá mais a desova dos peixes que sobem o rio para gerar o alevinos e, com isso, desapareceram o pescado nativo”, lamenta o presidente do Sindicato dos Pescadores do Estado de Rondônia (Sinpesro), Valter Canuto, que já cumpriu sua parte, impetrando uma Ação Cível Pública, a fim de sejam revistas e reavaliadas as questões dos pescadores, “que enfrentam dificuldades por não saberem fazer outra coisa, pois passaram a vida toda alimentando a população de Porto Velho e, no momento, vivem à mercê da própria sorte, sem qualquer valorização e reconhecimento pelos autoridades competentes”.

A preocupação de Canuto reside no fato de que centenas de pescadores, hoje, estão desempregados, enfrentando serias dificuldades. “O Sinpesro está preocupado também com o descaso das autoridades para com os problemas dessas famílias tradicionais. Todos os pescadores querem urgência sobre a divulgação do resultado da Ação Cível Pública, impetrada pelo Sindicato, exigindo o pagamento de dois salários mínimos para cada pescador profissional, por tempo indeterminado”, defende o sindicalista, lembrando que as medidas mitigatórias não estão compensando os danos ambientais provocados pelo Consórcio de empresas responsável pela execução das obras do Complexo Hidrelétrico do Madeira.

Filiado à Força Sindical, o Sinpesro defende a urgente necessidade de que ao pescadores sejam ressarcidos financeiramente dos prejuízos causados pela mortandade de peixes do rio Madeira.Caso contrario, só uma CPI para desvendar o enigma em que se transformou o setor pesqueiro de Porto Velho. “Acabaram com a biodiversidade de nossa fauna aquática”, lamenta o presidente do Sinpesro.

“A União faz a força; junte-se a nós”, apela Canuto, conclamando a população de Porto Velho a desencadear uma verdadeira cruzada para que seja reparada a degradação ambiental provocada pela construção das usinas. Isto porque, quando ainda existiam os chamados peixes nativos (ou seja, nascidos e criados na Bacia hidrográfica do rio Madeira, através do natural fenômeno da piracema), a população de baixa renda obtinha o pescado a preços mais acessíveis do que a carne bovina, quando, atualmente, ocorre o contrário: o peixe é mais caro do que a carne de gado, vendida nos açougues, mercados e supermercados da Capital rondoniense. “Hoje, só existem peixes de cativeiro. Os peixes nativos são importados do amazonas. Existe, na Amazônia, uma variedade incomparável de peixes, provavelmente centenas de espécies no total.


Sexta-Feira, 20 de Setembro de 2013 / 10:46 - Atualizado em Sexta-Feira, 20 de Setembro de 13 / 10:59

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Peixe galo / Atlantic moonfish (Selene setapinnis)



Descrição

Dorso azul esverdeado com flanco prateado e ventre esbranquiçado. Possui uma pequena mancha escura na parte superior do opérculo e outra no pedúnculo caudal. Corpo alto e comprimido lateralmente. Medidas máximas: 60,0 cm de comprimento e 4,6 kg.

Vivem perto da costa, nadando a meia água ou próximo do fundo. Formam pequenos cardumes. Se alimentam de pequenos peixes e crustáceos.
Mais nomes populares : Aracorana, Doutor, Galinho, Galo branco, Galo da costa, Galo de rebanho, Galo do morro, Galo verdadeiro e Galo.

Lugares

Ocorre na costa do Atlântico ocidental, é comum em todo litoral brasileiro. ocorre no Atlântico Ocidental, desde o Canadá à Argentina.

Métodos

Devemos pesca-lo em estuários, praias e baías abertas. Pode ser encontrado de passagem, em costões e próximo a piers e a outras estruturas. 

Iscas

peixes, crustáceos e moluscos.