terça-feira, 3 de maio de 2016

OBSERVAR A ÁGUA - OS RIOS

OBSERVAR A ÁGUA - OS RIOS

  Muitas vezes pensamos: O que acontece debaixo de água realmente? A capacidade de observar e interpretar a água pode melhorar bastante a porcentagem de êxito do  pescador. O fluxo superficial raramente é uniforme e zonas de turbulência ou áreas de águas mais calmas podem fornecer pistas sobre o que está acontecendo debaixo da água. Assim, poderíamos separar um rio em zonas:


  As espécies de peixes presentes num rio variam de zona para zona.

Zonas superiores: onde a água é mais transparente e flui rapidamente, transportando uma maior quantidade de oxigênio dissolvido (por causa dos choques com a massa de pedras e seixos existentes no leito do rio), encontram-se Matrinxãs e Dourados. O alimento é normalmente limitado, restringe-se a larvas de algumas espécies de insetos e camarões (para além de algumas criaturas terrestres que caem à água), por isso os peixes tendem a ser na maioria das vezes pequenos, porem aparecem os grandes para se alimentar destes menores.

Mais abaixo: onde o rio se torna mais fundo e o fluxo mais estável, os bancos de vegetação proporcionam um abrigo para os peixes e atraem a vida animal de que se alimentam. Isto, combinado com um fluxo menos turbulento, faz com que mais espécies estejam presentes, incluindo os bagres, a cachara, as carpas, e outros grandes peixes.

Última zona do curso: da maioria dos rios, o fluxo é lento, em particular no Verão. O leito é composto, normalmente, por lodo macio e limos e a vegetação cresce de forma abundante. O lodo e os limos estão muitas vezes suspensos, o que resulta numa visibilidade reduzida e num ambiente inadequado para espécies encontradas mais acima. Em seu lugar estão presentes peixes que preferem o fundo, mais tolerantes a uma água com baixos níveis de oxigênio dissolvido. Contam-se entre eles os bagres em geral, os pintados entre outros.

FLUXO DE ÁGUA
Estudando os diferentes modelos de fluxo de água, podemos aprender bastante sobre as características do mundo subaquático. Por exemplo, as rochas e a vegetação criam ondas em zonas de águas calmas, enquanto buracos profundos que contêm águas calmas onde os peixes buscam comida e abrigo parecem ser ligeiramente mais escuros do que a superfície que os rodeia.

VEGETAÇÃO DA MARGEM
Os peixes gostam de descansar por baixo das margens rebatidas e de árvores e plantas pendentes, que lhes fornecem sombra, proteção contra predadores como as garças (e os pescadores), e são uma fonte de insetos e outros alimentos.

ROCHAS E PEDRAS
Estas zonas são particularmente ricas em peixes, devido ao fato de que além de oferecer abrigo contra fortes correntes, normalmente produzem redemoinhos que arrastam alimentos. Peixes predadores são verdadeiros admiradores destas zonas porque constituem uma autêntica "dispensa" de alimentos.





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